Brasil x EUA: Quais as principais tendências em gestão de frotas?

A adoção de tecnologia de ponta para gestão de frotas no Brasil não para de crescer, mas ainda estamos muito atrás dos EUA. Com apenas 8% do mercado utilizando sistemas de gestão de frota – contra os 40% de penetração nos EUA –, é fácil entender a origem do maior custo operacional aqui.
Por conta dessa crescente, a influência da tecnologia no setor logístico, esse é o momento de refletirmos sobre o que esperar para os próximos anos, tendo em vista o amplo mercado que temos para explorar e, principalmente, nos atualizar e modernizar.
Se compararmos o cenário logístico brasileiro com o dos EUA veremos que o mercado “lá fora” é muito mais competitivo e, por isso, mais frotas usam sistemas de gestão. Pesquisas como a do portal de estatísticas alemão, Startisa, reafirmam esse cenário ao mostrar que o mercado norte-americano possui mais de 140 milhões de carros comerciais, sendo que 40% são rastreados e monitorados. Aqui no Brasil, temos uma frota de aproximadamente sete milhões de veículos e esse ganho de eficiência está começando agora.
Os EUA são referência mundial no gerenciamento de frotas. Isso se deve, principalmente, pelo fato do país ter um índice de vendas de automóveis dez vezes maior que o Brasil. Com um mercado gigante e tecnologicamente mais avançado, a gestão de frotas em solo americano é encarada pelas empresas como uma área estratégica, zelando pela qualidade da informação. Lá, o gestor se preocupa com a produtividade, o que significa entender quais são os custos e como otimizá-los da melhor maneira possível.
Por outro lado, em território brasileiro o foco é mais em rastreamento do que na gestão em si. As empresas consideram tecnologias e soluções como custos e não investimentos, o que impacta consideravelmente no desenvolvimento do mercado. Por isso, vemos o grande consumo de dispositivos menos avançados e de baixo custo, gerando resultados pouco efetivos. Além disso, um grande desafio: a falta de um sistema adequado dificulta ainda mais o trabalho dos profissionais da área.
Diante desse cenário, podemos traçar algumas tendências para as quais o setor brasileiro deve se atentar, se quiser avançar a passos largos:
Política de gestão de frotas: Medir, encontrar as oportunidades e atuar. O gestor de frota precisa de informações precisas para focar seu trabalho e mirar nos maiores ganhos;
Profissionalização de equipe e área logística: desenvolvimento de cursos, certificações e competências. É primordial que os profissionais estejam alinhados com a aplicação de novas tecnologias e processos de gestão mais eficientes;
Avanços tecnológicos: As empresas que vencerão são aquelas que abraçarem tecnologias de ponta mais rápido e capturarem primeiro os ganhos dessas novas tecnologias. Inteligência Artificial, manutenção preditiva e roteirização dinâmica serão os diferenciais das empresas;
Mobilidade urbana mais inteligente: conscientização dos problemas de mobilidade e bem-estar social, dessa forma aumentará a preocupação com a redução da poluição, bem como do trânsito. Além disso, haverá muito mais incentivo em ações colaborativas, visando o bem-estar da sociedade como um todo.
Esses são alguns dos pontos que descrevem frotas que estão aproveitando bem os avanços e sendo mais produtivas, pois a partir do momento em que o gestor detecta possíveis falhas e controla os custos, ele tem subsídio para aumentar a produtividade da empresa e fazer com que o nível do serviço seja aperfeiçoado.
Ao verem os seus concorrentes saindo na frente, muitas empresas decidiram adotar novas tecnologias e por isso já estão capturando ganhos em processos que eram arcaicos e que permaneceram iguais por décadas. Os setores já estão começando a se movimentar e é muito gratificante ver o impacto que estamos gerando na competitividade do Brasil e suas empresas.
Fonte: www.revistamundologistica.com.br